terça-feira, 16 de novembro de 2010

Marido de promotora envolvida em corrupção do lixo no governo de Brasília aparece em vídeo comprometedor

Um vídeo sobre o envolvimento de membros do Ministério Público de Brasília, no mensalão de Brasília, mostra o marido da promotora Deborah Guerner, principal suspeita, pegando dinheiro em um cofre de casa e explicando como esconder da polícia. As imagens fazem parte da denúncia oferecida pela procuradoria do Distrito Federal contra a promotora e o procurador Leonardo Bandarra, então chefe do Ministério Público local. Eles são acusados pela procuradoria de receber propina e usar os cargos para manter o governo de José Roberto Arruda informado das investigações feitas pelo Ministério Público. No vídeo, exibido pela TV Globo, Bandarra chega de moto e só tira o capacete após entrar na casa de Deborah. As imagens foram registradas pelo circuito interno de segurança da promotora e apreendidos pela Polícia Federal. O marido de Deborah, Jorge Guerner, aparece pegando maços de dinheiro de um cofre escondido com um fundo falso. Em outro momento, ele explica como evitar que a polícia consiga achar o dinheiro, escondido em dois cofres. "Vou botar esses no cofre e esses no outro. Se eles acharem pensam que a gente só tem esse dinheiro. E aí o que acontece? Eles não procuram mais", diz o marido da promotora. As imagens foram obtidas pela Polícia Federal em junho, durante a investigação contra os promotores. No mesmo mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou cerca de R$ 280 mil enterrados no quintal da promotora. Segundo o delator do Mensalão de Brasília, Durval Barbosa, Bandarra recebeu mais de R$ 1,6 milhão de propina, além de mesada, para interferir no Ministério Público e impedir investigações sobre os contratos do lixo. De acordo com o delator Durval Barbosa, a promotora era a intermediária da negociação. Um das conversas, segundo depoimento do delator Durval Barbosa, foi feita na sauna da casa da promotora. A empresa que aparece como corruptora é a Qualix, que recolhe o lixo de Brasília. É a mesma empresa que presta serviços para a prefeitura de Porto Alegre e que teve seu contrato rescindido pela prefeitura de Cuiabá pela incapacidade de cumprir o serviço. A Qualix pertence à família do prefeito de Buenos Aires e está sendo esquartejada no País.

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