sábado, 13 de novembro de 2010

Samek garante que produção de energia é suficiente para assegurar crescimento de 8% do PIB

"O sistema elétrico brasileiro trabalha com folga na produção de energia e está descartada qualquer possibilidade de desabastecimento no setor. Há mercado para a instalação de novas indústrias, cidades, casas. Não é por falta de energia que o Brasil deixará de crescer até 8% neste ano", afirmou o diretor-geral da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Samek, em Foz do Iguaçu (PR). Só Itaipu deve produzir, neste ano, entre 82 milhões e 84 milhões de megawatts/hora (MWh). É a maior produção do mundo para uma única usina. "Perdemos apenas para a Usina de Três Gargantas, na China, que tem maior potência instalada, mas não tem a quantidade de água o ano todo como tem a usina brasileira. Estamos situados em local privilegiado, recebemos todas as águas de reservatórios, desde Brasília", disse o diretor-geral. Segundo Samek, é preciso esclarecer a razão da produção menor este ano em relação ao ano passado, que foi de 91 milhões de MWh. "As pessoas confundem, acham que a usina está com problemas, o que não é verdade. O que acontece é que a produção atende a demanda solicitada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). Este ano foi exigido muito menos de Itaipu porque choveu muito e outros reservatórios estavam com sobra de água, sendo, portanto, mais demandados. Nosso compromisso com o ONS é produzir, anualmente, 75 milhões de MWh. Estamos com um excedente que pode chegar, até o mês de dezembro, a quase 11 milhões de MWh". De agora em diante, a importância relativa de Itaipu para o Brasil será cada vez menor, disse Jorge Samek, devido aos novos empreendimentos que estão entrando em operação: "São 800 unidades em construção entre pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e usinas de pequeno, médio e grande porte". Ele citou como exemplo as usinas do Rio Madeira e a Hidrelétrica de Belo Monte (PA), que está em fase de licitação e terá quase 80% do tamanho de Itaipu. Samek elogiou o SIN (Sistema Interligado Nacional), atribuindo a esse tipo de logística o período de fartura de energia vivido pelo país. "O Brasil tem uma capacidade enorme de produzir energia. Temos bons resultados na produção de energia solar, eólica, cana-de-açúcar, carvão e em nossa bacia do Rio Paraná. Temos a biomassa residual, procedente de dejetos de porco, galinha e gado, com cooperativas de produtores que abastecem suas propriedades e ainda vendem o excedente para a Copel (Companhia Paranaense de Energia)". Samek finalizou lembrando que, no ano passado, Itaipu respondeu por 19% de toda a necessidade energética brasileira, além de mais de 80% da demanda do Paraguai.

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