quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em sua despedida do Senado, Marina Silva se emociona ao falar sobre saída do PT

A senadora Marina Silva (PV-AC) fez nesta quinta-feira seu discurso de despedida do Senado. Em meio às recordações de sua vida política nos últimos 16 anos, quando exerceu dois mandatos de senadora, ela embargou a voz uma única vez: ao lembrar sua saída do PT, partido pelo qual começou sua militância política e que ajudou a projetá-la. Assim ela revelou que continua tendo uma alma petista. Marina Silva entretanto já tem experiência em trocas, porque trocou antes de igreja, sainda da Católica para outra protestante. "Partido no qual fiquei durante 30 anos. Vivenciamos momentos difíceis de divergências, mas devo dizer que minha saída do PT não tem a ver com minha bancada", afirmou Marina Silva. "A minha saída do PT, que vem em seguida a minha vinda para o Senado, tem a ver com aquilo que considero uma falta de percepção do PT para não deixar ficar no que já conquistamos e fechar as portas para novos desafios. A questão da sustentabilidade ambiental é a utopia desse século e nenhum partido foi capaz de perceber isso, inclusive o PT". Ela continua agindo como se fosse uma profeta. Ela relembrou ainda seus melhores e piores momentos no governo do presidente Lula, no qual foi ministra do Meio Ambiente. Segundo a senadora, sua saída do governo ocorreu no momento em que não obteve mais apoio das ações contra o desmatamento na Amazônia. De acordo com Marina Silva, não havia a opção de recuar nessas ações e, por isso, ela decidiu voltar ao Senado. A senadora também falou sobre sua participação na solenidade de balanço dos oito anos do governo presidente Lula, ocorrida na quarta-feira no Palácio do Planalto. Marina Silva disse que decidiu participar porque "não guarda mágoas".

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