quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Espanha propõe pena de até oito anos de prisão para controladores aéreos

O procurador-geral do Estado espanhol, Cándido Conde-Pumpido, anunciou nesta quinta-feira que o país vai propor penas de até oito anos de prisão para os controladores aéreos que, na sexta-feira passada, abandonaram seus postos de trabalho. Os episódios protagonizados pelos funcionários, que causaram o fechamento do espaço aéreo espanhol e levaram o governo a decretar estado de alerta, supõem um delito "muito grave" sancionado com penas de entre três e oito anos de prisão, disse Conde-Pumpido, em Zaragoza. O governo decretou pela primeira vez na Espanha, no sábado passado, o estado de alerta, depois que os controladores aéreos abandonaram maciçamente seus postos de trabalho sem aviso prévio, quando o Executivo aprovou uma nova regulamentação de seus horários trabalhistas. O motim dos controladores obrigou o fechamento do espaço aéreo espanhol e causou um caos nos aeroportos, com 600 mil pessoas prejudicadas. O primeiro-ministro do país, José Luis Rodríguez Zapatero, justificou nesta quinta-feira que o estado de alerta declarado no país foi uma "medida proporcional" perante o motim em massa dos controladores, que ele definiu como "uma afronta à ordem pública constitucional". O abandono "súbito, em massa dos controladores paralisou um serviço público essencial, com graves prejuízos para a economia do país e sua imagem internacional, e obrigou a mobilização de 190 militares e 2 mil agentes das forças de segurança", disse o presidente.

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