segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

José Dirceu defende regulação "pactuada" da mídia

O ex-ministro José Dirceu (deputado federal petista cassado por corrupção, réu no processo penal do Mensalão do PT) afirmou nesta segunda-feira no Rio de Janeiro que "o Brasil precisa entrar no século 21 em matéria de mídia". Para isso, defendeu a criação de um ente regulador dos meios de comunicação.
"Regulação da mídia não é censura à mídia. Regulação como existe nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra, adaptada às nossas necessidades e pactuada. Não é imposto a ninguém. Nós estamos numa democracia, é o Congresso que aprova, se não pactuar, não construir consensos, não aprova", afirmou. O ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação) finaliza um projeto de regulação da mídia para deixar à presidente eleita, Dilma Rousseff. O projeto inclui a criação de uma Agência Nacional de Comunicação, que teria poderes para multar empresas que veicularem programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário. Para José Dirceu, os meios de comunicação são contra a regulação por medo de enfrentar novos concorrentes: "O Brasil precisa de mais meios de comunicação, cada vez mais". O ex-ministro foi um dos homenageados no domingo na primeira edição do prêmio Democracia e Liberdade Sempre, da CUT. O evento também serviu de desagravo a Dilma Rousseff pelo que a CUT viu como "criminalização" de sua luta armada durante a ditadura. "Nós não pegamos em armas. Quem pegou em armas foram as Forças Armadas, usurpando as armas que a Constituição deu a elas para impor uma ditadura ao país. Nós só resistimos", disse José Dirceu. Essa é uma brutal mentira que José Dirceu aprendeu a manipular em seus treinamentos de terrorismo e contra-informação em Cuba, e durante a direção do PT por tantos anos. Dilma Rousseff fez parte, sim, de organização terrorista. O terrorismo dessas organizações assanhou a fúria do regime militar, que impôs sobre o País o famigerado AI5. Ele saudou ainda a notícia de que o presidente Lula dedicará parte de seu tempo fora do poder a "expor a farsa do Mensalão". "Eu acho que é a defesa do governo do presidente Lula, do PT, da história da esquerda. Eu não fui julgado. Tentaram julgar o governo do presidente Lula, mas as urnas em 2006 e 2010 julgaram e aprovaram o governo do presidente", disse José Dirceu. Uma correção é necessária: ele está sendo julgado, no Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, o processo do Mensalão, como réu, acusado de ter sido o dirigente do esquema corruptor do PT, que comprava apoios de políticos e parlamentares com recursos obtidos por meio do operador publicitário Marcos Valério.

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