domingo, 12 de dezembro de 2010

Máquinas fazem paraplégicos andarem

Três empresas fazem exoesqueletos; uma delas, da Nova Zelândia, colocará seu produto no mercado por R$ 255 mil. Amanda Boxtel e Alysse Einbender têm pouca coisa comum. A primeira é uma professora de esqui australiana de 43 anos. A segunda, paisagista americana de 50 anos, é mãe de dois meninos. Em comum, as duas dividem uma tragédia e um quase milagre. Ficaram paraplégicas durante anos, mas voltaram a andar recentemente, graças a aparelhos de duas empresas diferentes. Amanda se beneficiou do eLegs, produzido na Califórnia e lançado em outubro, e Alysse usou o ReWalk, criado em Israel e presente numa clínica de reabilitação americana desde o ano passado. Ambos usam uma espécie de exoesqueleto ajustado ao corpo do cadeirante que, por meio de sensores, o faz andar com a ajuda de duas muletas. "Consegui dobrar meus joelhos pela primeira vez após 18 anos", disse Amanda Boxtel: "Consegui transferir meu peso, dar mais um passo. E foi tão natural". Não há data para a comercialização dos aparelhos, mas o ReWalk já é usado em um hospital na Filadélfia, e o eLegs estará disponível para centros médicos em 2011. Um terceiro foi apresentado em julho na Nova Zelândia, num evento que contou até com o primeiro-ministro. A empresa Rex Bionics promete colocá-lo a venda até o final do ano, por R$ 255 mil. Nos últimos dois anos e meio, oito pessoas com lesões na medula e uma com distrofia muscular já passaram por treinamento do Rex. Ao contrário dos dois primeiros aparelhos, o neozelandês é mais pesado, pouco maleável e possui um joystick no lugar de muletas.

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