quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O comunista Aldo Rebelo, da base aliada, tenta candidatura alternativa à Presidência da Câmara

O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) anunciou nesta quarta-feira a articulação de parlamentares de diversos partidos para a construção de uma “candidatura alternativa” para a Presidência da Câmara dos Deputados. Na quarta, os líderes do PSDB, João Almeida (BA), e do DEM, Paulo Bornhausen (SC), anunciaram apoio dos partidos à candidatura do petista Marco Maia, que foi indicado pelo PT e tem o apoio do PMDB anunciado pelo líder, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Para Aldo Rebelo, porém, há uma “insatisfação” de vários parlamentares com o processo de escolha do presidente da Casa a partir de 2011. Segundo o deputado do PCdoB, serão realizadas consultas aos parlamentares para ver se há viabilidade para o lançamento de um nome para enfrentar Marco Maia na disputa. “O processo de escolha do presidente da Câmara, da forma como vem sendo conduzido gera desconforto e insatisfação em um grande número de deputados de todos os partidos. Isso gera um processo de consultas para examinar a possibilidade de uma candidatura alternativa”, afirmou o deputado. A articulação ganhou corpo em uma reunião informal na noite de terça-feira de deputados do PDT, PSB, DEM e PCdoB. Segundo Aldo Rebelo, deputados de outros partidos, como PSDB, PMDB e PRB, também já conversaram com integrantes da articulação sobre o tema. Cotado para ser o candidato deste grupo descontente, Aldo Rebelo ressalta que não há no grupo conversa sobre nomes. “Não é o nome que vai desencadear o processo, é o processo que vai desencadear o nome. Se viabilizarmos um nome será para ganhar a eleição”, afirmou o deputado do PCdoB. Para Aldo Rebelo, o candidato tem de ser da base aliada e não há problema que não seja do PT, maior bancada da Câmara. “O candidato que for eleito será o que mais representará a proporcionalidade da Casa. Já aconteceu outras vezes aqui de se eleger presidente um candidato que não era do maior partido”, lembrou. Aldo, inclusive, foi eleito presidente da Câmara em 2005 mesmo sendo de um partido com apenas 13 deputados.

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