sábado, 4 de dezembro de 2010

Simon defende reformas e anuncia que vai apoiar Dilma, “com independência”

O senador Pedro Simon não engana ninguém. "Afastado da vida partidária", após renunciar à presidência do PMDB do Rio Grande do Sul, o senador Pedro Simon disse nesta sexta-feira, em mais um dos seus inócuos discursos no Senado Federal, que vai apoiar o governo da presidente eleita Dilma Roussef, “com independência e sem abrir mão do direito de apontar erros”. Ora, Pedro Simon não causa mais surpresa a ninguém. Todo mundo sabia que ele apoiava a petista Dilma Rousseff e o governo do PT. Simon tem uma sedução pelo PT há décadas. Ele sugere que o novo governo comece com as  propostas de reforma política e tributária, “dando conseqüência ao ótimo discurso da vitória de Dilma Roussef, do dia 31 de outubro, após a eleição”. Aos 80 anos, ele ainda se faz de bobo, como se acreditasse verdadeiramente no que diz e no que pode ser esperado de um governo petista de Dilma Rousseff. Na avaliação do senador Pedro Simon, a tarefa de indicação do ministério “está praticamente concluída, uma vez que o governo é uma continuação da administração de Lula”. Ele destacou como especialmente positivas as permanências de Luciano Coutinho, na presidência do BNDES, e de Guido Mantega, no Ministério da Fazenda. Outro ponto referido por Simon é a necessidade da presidente da República ser rigorosa na vigilância dos atos dos subordinados. “Se errou, deve pagar pelo erro”, aconselhou, lembrando que no governo Itamar Franco, o ministro chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, renunciou ao cargo quando foi convidado a depor numa Comissão Parlamentar de Inquérito. “Inocentado, voltou ao governo”, contou Simon. Na verdade, o Catão gaúcho está querendo destacar o seu papel na época do governo Itamar Franco, e depois no de Fernando Henrique Cardoso, de derrubador de ministros com seus discursos. Foi por esse motivo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que ele é o "cupim da honra alheia".

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