terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aliado de Sarney e amigo de Dilma, Silas Rondeau vira alvo central da Polícia Federal

O ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, virou um dos alvos centrais do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na Operação Faktor (ex-Boi Barrica). Investigadores encarregados do caso afirmam já ter elementos para indiciá-lo sob a suspeita de tráfico de influência em estatais na área de energia, incluindo a Petrobras. Apadrinhado do senador José Sarney (PMDB-AP), Rondeau ocupa desde 2006 uma cadeira no Conselho de Administração da companhia petrolífera na cota do governo. A presidente Dilma o manteve no cargo. O ex-ministro recebe R$ 6.670,00 mensais para participar de uma reunião por mês na estatal. O nome do ex-ministro já havia aparecido em uma primeira fase da operação, mas não como um dos focos principais da investigação. A Polícia Federal reuniu uma série de documentos e gravou, com autorização da Justiça, conversas de terceiros que citam a participação do ex-ministro em episódios que caracterizariam o tráfico de influência na Petrobras. Com base no material apreendido, a Polícia Federal e o Ministério Público iniciaram uma nova etapa da Faktor no final do ano passado e aprofundaram a investigação sobre o papel de Rondeau nos negócios que envolvem o grupo do empresário Fernando Sarney, filho do senador e principal alvo da operação. De acordo com a investigação, o ex-ministro tem prestado consultoria na área de energia eólica, ramo em que a Petrobras planeja ampliar seus investimentos. No inquérito, os policiais afirmam que Rondeau “figura como sócio oculto” de escritórios de consultoria para “mascarar” o recebimento de recursos por serviços prestados a empresas privadas. Silas Rondeau foi obrigado a abandonar a pasta de Minas e Energia em 2007, acusado de receber R$ 100 mil em propina para favorecer empresas privadas em obras federais.

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