quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dilma se reunirá na Argentina com as Mães da Praça de Maio

Mães da Plaza de Mayo, em Buenos Aires
A presidente Dilma Rousseff, que na próxima segunda-feira realizará na Argentina sua primeira visita oficial a outro país desde que assumiu seu mandato, vai se reunir em Buenos Aires com as dirigentes das Mães da Praça de Maio. Dilma, uma ex-militante de grupos terroristas, que foi torturada durante o regime militar brasileiro (1964-1985), pediu que a reunião com as Mães da Praça de Maio fosse incluída em sua agenda oficial na Argentina, disse o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, o clone de chanceler Marco Aurélio "Top Top" Garcia. A presidente "tem grande sensibilidade para os assuntos relativos aos direitos humanos", garantiu "Top Top" García. Segundo o assessor, a decisão da chefe do Estado de reunir-se com as mulheres que se transformaram em símbolo da luta pela defesa dos direitos humanos em seu país "valoriza muito a luta emblemática que essas senhoras têm na história política recente da Argentina". As mães e avós da Praça de Maio tornaram-se famosas por suas iniciativas à procura de seus filhos e netos desaparecidos durante a ditadura argentina e para exigir o processo dos responsáveis por crimes de lesa-humanidade na Argentina. Tiveram grandes resultados, mas hoje em dia são apêndices do governo populista peronista de Cristina Kirchner. Saíram da Plaza de Mayo e entraram para os salões do palácio de governo, localizado em frente, a Casa Rosada. Dilma não poderá visitar durante sua estadia em Buenos Aires o Museu da Memória Aberta, construído na antiga sede da Esma (Escola de Mecânica Marinha da Marinha), um local que foi um dos principais centros de tortura na Argentina. A visita de Dilma ao emblemático museu era planejada com o governo argentino.

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