sábado, 29 de janeiro de 2011

Justiça Federal aceita nova denúncia contra Waldomiro Diniz

A Justiça Federal aceitou nova denúncia contra o ex-assessor da Presidência da República, Waldomiro Diniz, sob acusação de extorsão e corrupção durante a renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a GTech. Outras sete pessoas também tiveram a denúncia aceita no caso. A decisão é do juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. Um dos acusados pelo Ministério Público Federal, Paulo Roberto Paixão Bretãs, ex-diretor da Caixa, não se tornou réu. A denúncia foi apresentada em setembro de 2010. Os réus responderão sob acusação de concussão (extorsão praticada por funcionário público), estelionato e corrupção ativa e passiva. Além de Waldomiro, são réus o advogado petista Rogério Buratti (aquele que comparecia a festas na mansão da Turma de Ribeiro Preto, e que era muito ligado à cafetina Maye Jeanny Corner); o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira; os então dirigentes da GTech Brasil, Antônio Carlos da Rocha, Marcos Tadeu de Oliveira Andrade e Marcelo Rovai; o então advogado da empresa, Enrico Giannelli; e o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social, Fábio Rolim. Em novembro de 2009, Waldomiro também foi condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa. Protagonista do primeiro escândalo de corrupção do governo Lula em 2004, Waldomiro Diniz, homem ligadissimo ao mensaleiro José Dirceu, foi flagrado em um vídeo recebendo propina de Carlos Cachoeira. No vídeo, gravado em 2002 por Cachoeira, mas só divulgado em 2004, Waldomiro pedia ao empresário propina e dinheiro para campanhas do PT e do PSB. Em troca, o então presidente da Loterj, no governo da petista Benedita da Silva, ele  prometia ajudar o bicheiro Carlinhos Cachoeira em uma licitação. A investigação do caso Gtech, embora tenha relação com o vídeo, já diz respeito à atuação de Waldomiro como subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, sob a chefia de seu grande amigo e protetor José Dirceu. Waldomiro era homem forte de José Dirceu na Casa Civil, encarregado de fazer a ligação com os políticos e encaminhar seus pedidos. De acordo com a denúncia, Waldomiro Diniz se reuniu duas vezes em um hotel com dirigentes da multinacional Gtech interessados em renovar contrato milionário para operar as loterias. Carlinhos Cachoeira esteve nas reuniões. Pela denúncia aceita do Ministério Público, Waldomiro tentou condicionar a renovação com a Caixa à contratação de Buratti como consultor da Gtech por "valor superior a R$ 10 milhões". Waldomiro Diniz é personagem sinistro com grande presença em fatos marcantes da história republicana recente. Durante a CPI dos Anões do Orçamento, ele era assessor da bancada do PT. Nessa bancada reluziam dois deputados federais do PT, José Dirceu e Aloizio Mercadante. Os dois e mais Waldomiro Diniz moravam juntos em um apartamento em Brasília. Foi Waldomiro Diniz quem levou até a sucursal da Veja, em Brasília, a informação falsa de o deputado federal gaúcho Ibsen Pinheiro (PMDB), tinha desviado um milhão de dólares para o Uruguai, por meio de uma casa de câmbio em Rivera. Isso ocasionou a cassação do mandado de Ibsen e liquidação de suas pretensões à candidatura à Presidência da República. A Veja soube na mesma noite da impressão da revista, em São Paulo, que a informação era falsa, mas o então secretário de redação, jornalista Paulo Moreira Leite, determinou a impressão da revista com a matéria da mesma forma. Paulo Moreira Leite pertenceu a organização trotskista que participou da fundação do PT. Ele é muito amigo do argentino Felipe Belisário Wermus, vulgo "Luis Favre", ex-marido de Marta Suplicy. Wermus foi dirigente da 4ª Internacional trotskista. Portanto, Waldomiro Diniz era homem chave nas tramas políticas petistas.

3 comentários:

Barbosa disse...

Pois é!

Mas na ação penal do Mensalão, onde Waldomiro é arrolado como testemunha, o ministro Joaquim Barbosa não quer ouvi-lo, pq um oficial de justiça disse que não o encontra, embora flane por Brasília e tenha endereço registrado na Casa Civil da presidência da República.

Barbosa disse...

Pois é!

Mas na ação penal do Mensalão, onde Waldomiro é arrolado como testemunha, o ministro Joaquim Barbosa não quer ouvi-lo, pq um oficial de justiça disse que não o encontra, embora flane por Brasília e tenha endereço registrado na Casa Civil da presidência da República.

Barbosa disse...

Pois é!

Mas na ação penal do Mensalão, onde Waldomiro é arrolado como testemunha, o ministro Joaquim Barbosa não quer ouvi-lo, pq um oficial de justiça disse que não o encontra, embora flane por Brasília e tenha endereço registrado na Casa Civil da presidência da República.