quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PT do Nordeste decide cobrar mais espaço no governo Dilma

Sem cargos de visibilidade na equipe de Dilma Rousseff, o PT do Nordeste decidiu reagir, cobrar mais espaço no governo e avisar que não aceitará "porteira fechada" para o PMDB. Em reunião realizada nesta quarta-feira, governadores, deputados e senadores petistas entregaram uma extensa lista de pedidos ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, e prometeram seguir a ordem de Dilma de não dar cotoveladas em público. "O PT do Nordeste está sub-representado no Ministério e é importante haver compensações no segundo escalão", resumiu o deputado Fernando Ferro (PE), líder do PT na Câmara: "Não existe essa história de Ministério ou estatal de porteira fechada. É possível dividir responsabilidades com o PMDB e outros aliados". O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), saiu da reunião com Dutra fazendo piada. "Eu estava brincando de baralho, mas embaralharam minhas cartas e eu fiquei sem nada", disse Déda, numa referência à sua indicada para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Lúcia Falcón, que acabou não integrando a equipe de Dilma. Déda, porém, não se deu por vencido. "Como sobrou uma carta na minha mão, eu montei o meu ministeriozinho lá em Sergipe", brincou. Na lista de objetos do desejo do PT estão empresas como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), hoje nas mãos do PMDB, e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), também na mira do PSB de Fernando Bezerra, ministro da Integração.

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