sábado, 29 de janeiro de 2011

Secretário do Tesouro dos Estados Unidos afirma que Keynes "morreu novamente"

John Maynard Keynes
Lembra-se de toda a louvação sobre a volta de Keynes (John Maynard Keynes, pai do que, no Brasil, se chamaria de desenvolvimentismo via um Estado ativo)? Pois acabou. "O momento keynesiano passou", decretou Timothy Geithner, o secretário norte-americano do Tesouro, na quinta-feira, em conversa com um pequeno grupo de jornalistas em Davos. "Agora, somos todos falcões fiscais", reforçou Geithner, para dizer que o mundo todo está empenhado em colocar as contas públicas em ordem (até o Brasil, menos afetado pela crise que ressuscitou Keynes, entrou nessa onda). A afirmação encerra um longo período de debates no G20, o clube das 19 maiores economias do mundo mais a União Européia. Primeiro, houve uma convergência na necessidade de keynesianismo, para ressuscitar economias moribundas. Depois, europeus e americanos (com apoio do Brasil) tomaram caminhos diferentes: os Estados Unidos insistiam em que era cedo para suprimir os pacotes de estímulo. Fazê-lo poderia matar a embrionária recuperação. Os europeus, ao contrário, queriam pôr toda a ênfase na necessidade de corrigir seus déficits e dívidas. Agora, voltam todos a convergir, mesmo quando a recuperação é muito desigual. Fortíssima nos emergentes, razoável nos Estados Unidos e débil na Europa.

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