sábado, 29 de janeiro de 2011

Tesouro promete forte contingenciamento de despesas em 2011

Apesar de o governo central ter superado a meta de superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) para 2010 com o uso de diversas receitas extraordinárias, o secretário do Tesouro, o trotskista gaúcho Arno Augustin, comemorou o resultado e prometeu repetir a dose em 2011, mas em decorrência de um forte contingenciamento de despesas. "Conseguimos cumprir a meta de 2,15% do PIB do governo central, como eu afirmei que seria possível", comentou Augustin. Ele defendeu o acréscimo na contabilidade de R$ 31,9 bilhões provenientes da capitalização da Petrobras e receitas atípicas como as observadas em dezembro, de cerca de R$ 4 bilhões referentes a depósitos judiciais. "São resultados sempre computados e é salutar que se busque o aprimoramento das receitas", afirmou Arno. Para 2011, o resultado deve ser atingido, de acordo com o secretário do Tesouro, em decorrência do contingenciamento no Orçamento que será definido pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministérios. "Será um forte contingenciamento de despesas. Há uma tendência de queda dos gastos com custeio, especialmente os administrativos, porque acreditamos que esses gastos já estão num patamar razoável", afirmou. Augustin ainda afirmou que, mesmo sem a perspectiva de receitas extraordinárias em 2011, que o resultado poderá ser definido pelo aperto fiscal. "E também não podemos esquecer que, se houve o impacto positivo dessas receitas, em 2010 tivemos no começo do ano impactos negativos decorrentes ainda da crise financeira internacional, que não ocorrerão em 2011", disse o secretário.

Nenhum comentário: