sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Abin investigará 2.700 indicados a cargos

A presidente Dilma Rousseff determinou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) amplie a investigação de pessoas indicadas a cargos públicos. Uma das atribuições do órgão é produzir relatórios com a ficha criminal dos indicados. Antes, o "Levantamento de Dados Biográficos" produzido pela agência era limitado quase exclusivamente aos 435 cargos de confiança com maior salário, ocupados quase sempre por secretários e assessores especiais dos ministros. Agora, a presidente determinou que se investigue também outros 2.244 servidores que ocupam funções intermediárias. Com o novo escopo, as avaliações vão de cargos com salários que variam de R$ 4.000,00 a R$ 11 mil. Há reclamações sobre a qualidade dos dados. Integrantes do governo dizem reservadamente que, em alguns casos, a Abin parece nem sequer pesquisar no Google o histórico dos investigados. Os levantamentos trazem dados de processos e inquéritos criminais, títulos protestados e cheques sem fundo. É feito com base em consultas em sistemas como o Infoseg (rede de informações do Ministério da Justiça), polícias e órgãos como Detrans. Funcionários da Abin dizem que, além de pendências judiciais, o Planalto pede um mapa dos principais aliados e adversários dos indicados, levantamento que agentes alegam não ter condições de fazer.

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