terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Chefe de polícia civil do Rio de Janeiro não resiste a investigações de corrupção e cai

O chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Allan Turnowski, deixou o cargo nesta terça-feira, após reunião com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame. Em nota, a corporação explica que a decisão foi tomada "após os dois concluírem que seria o mais adequado para preservar o bom funcionamento das instituições". A reunião foi feita como decorrência de uma crise na cúpula da Segurança do Rio de Janeiro, desencadeada na última sexta-feira, após a prisão de dezenas de policiais militares e civis, durante a Operação Guilhotina, da Polícia Federal. Ao todo, 45 pessoas foram detidas, acusadas de envolvimento em corrupção, participação em milícias, desvio de armas e venda de proteção a bicheiros, narcotraficantes e contrabandistas. Entre os presos está o delegado Carlos Antonio Oliveira, que até o ano passado foi o principal assistente de Turnowski, este considerado homem de confiança do de Beltrame. José Mariano Beltrame garantiu que "eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade que é o de fazer do Rio de Janeiro um lugar cada vez mais seguro". A situação na Segurança ficou mais delicada após a cúpula da Polícia Civil saber que a Delegacia de Repressão contra o Crime Organizado (Draco) colaborou nas investigações da Polícia Federal que acabaram na Operação Guilhotina. Ao ser ouvido pela Polícia Federal, Turnowski reagiu atacando o delegado da Draco, Claudio Ferraz. No domingo, alegando ter recebido denúncias por meio de uma carta anônima, o ainda chefe da Polícia Civil mandou lacrar a sede especializada chefiada por Ferraz, acusando os policiais daquela especializada de arquivarem investigações após o possível recebimento de propinas. Ferraz disse que não era surpresa a reação tomada pela Polícia Civil, mas que a devassa realizada era um "constrangimento". Na semana passada, ele foi escolhido por Beltrame para assumir a superintendência de contrainteligência da Secretaria, cargo no qual dará continuidade às investigações contra policiais com desvio de conduta.

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