quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Congresso dos Estados Unidos critica Obama por ação em crise no mundo árabe

O governo do presidente americano Barack Obama foi criticado por republicanos e democratas no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira pelo desempenho nas crises que atingem o Líbano, a Tunísia e o Egito. Os parlamentares julgaram as atitudes de Washington para apoiar as reformas democráticas nos dois países árabes como insuficientes e fracassadas. "Tanto no Egito quanto no Líbano fracassamos em levar de forma efetiva a ajuda americana para apoiar as forças de paz, pró-democráticas e ajudar a construir instituições fortes, confiáveis, como um baluarte contra a instabilidade que agora se espalha para grande parte da região", disse a representante republicana Ileana Ros-Lehtinen durante audiência no Comitê de Relações Estrangeiras do Congresso, que ela preside. "Ao invés de sermos proativos, ficamos obcecados com a manutenção de uma estabilidade de curto prazo, personalista, que nunca foi realmente assim tão estável, como demonstram os acontecimentos das últimas semanas", acrescentou. No Egito, continuou a representante, "o governo americano fracassou em aproveitar a oportunidade para pressionar por reformas a fim de responder às frustrações dos manifestantes e evitar o caos e a violência". No Líbano, acrescentou, onde o grupo terrorista islâmico Hizbollah levou o governo ao colapso, "estamos novamente confrontados com a ausência de uma estratégia americana de longo prazo". As críticas vieram também do lado democrata. O representante Gary Ackerman argumentou que Washington está perdendo a chance de capitalizar o movimento democrático. "Eu temo que no Egito estejamos transformando o sucesso em fracasso", disse Ackerman. O parlamentar teme que o governo americano seja cada vez mais associado com o regime ditatorial de Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. "Simplesmente não podemos nos dar ao luxo de sermos vistos no Egito como os financiadores da repressão. O povo anseia pela liberdade", emendou.

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