sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cristina Kirchner e Lugo celebram pleno funcionamento da usina hidroelétrica de Yacyretá

Usina de Yaciretá

Os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Paraguai, Fernando Lugo, celebraram na sexta-feira a finalização das obras que permitiram à usina hidroelétrica de Yacyretá alcançar seu potencial máximo de geração de energia após quase 40 anos. Os líderes oficializaram o pleno funcionamento da represa, 37 anos depois de assinado o projeto para sua construção, em um ato marcado pelo caráter festivo na cidade argentina de Posadas, na fronteira com o Paraguai, a 80 quilômetros da usina. "Inaugurar Yacyretá é algo mais que inaugurar uma obra que esteve paralisada por décadas, é inaugurar um novo período histórico, de superação de fracassos e frustrações. Porque Yacyretá, além da corrupção, foi o símbolo do fracasso e da frustração dos argentinos e dos paraguaios, que não éramos capazes de terminar uma obra de tamanha envergadura, que hoje gera energia para 5,6 milhões de pessoas", afirmou a peronista populista Cristina Kirchner. As obras da represa, a segunda maior da América Latina, começaram em 1983, embora não tenha havido geração de energia até 1994, sendo necessários mais 16 anos para que alcançasse o potencial máximo de produção previsto no projeto original. As obras foram paralisadas em 1998, durante o governo do ex-presidente peronista argentino Carlos Menem (1989-1999), que em vão tentou privatizá-la, qualificando o projeto como "um monumento à corrupção". Em 2005, a ONG Transparência Internacional incluiu a Yacyretá entre os "dez monumentos de obras públicas com maior corrupção no mundo". A usina funcionou a 60% de sua capacidade até que em 2004 os então presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e do Paraguai, Nicanor Duarte, acordaram impulsionar o Plano de Conclusão de Yacyretá, que começou a ser executado dois anos depois. A energia gerada é repartida em partes iguais entre Argentina e Paraguai, embora este venda grande parte do que lhe corresponde ao sócio. Além disso, o Paraguai tem uma dívida com o projeto que supera US$ 15,8 bilhões e tenta convencer a Argentina a permitir a venda de parte da energia que lhe corresponde a outros países. É a mesa lorota que o Paraguai quer aplicar no Brasil sobre o preço da energia de Itaipu.

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