terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dívida na mão de estrangeiro pára de crescer após elevação do IOF

Os investimentos estrangeiros em títulos públicos continuam estáveis em janeiro, três meses depois do aumento de impostos para conter essas aplicações e a consequente entrada de dólares no País por meio dessas aplicações. Segundo dados do Tesouro Nacional, o valor da dívida federal negociada no País nas mãos de estrangeiros caiu de R$ 182,4 bilhões, em dezembro, para R$ 182 bilhões, em janeiro. Em termos relativos, subiu de 11,6% para 12%, já que no mês passado a dívida total caiu quase 4%, devido à concentração no vencimento de títulos. Apesar de o percentual ser recorde, o Tesouro diz que o valor desses investimentos tem se mantido estável desde o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% para 6%, em outubro do ano passado. "O fluxo de entrada foi interrompido, mas não verificamos muita saída. O valor tem ficado praticamente estável", disse Fernando Garrido, coordenador de Operações de Dívida Pública. Segundo ele, no médio e longo prazo, a tendência é que essa participação cresça de forma gradativa. Em relação a uma nova emissão de títulos no Exterior, Garrido afirmou que as condições no mercado internacional ainda não são as melhores. Disse ainda que, no mercado interno, os juros pararam de subir em fevereiro, revertendo o movimento registrado em janeiro. Dados do Tesouro mostram que, apesar de a dívida ter caído no mês passado, por causa da concentração de vencimento de títulos que é verificada no início de todos os trimestres, o custo do endividamento subiu. Entre dezembro e janeiro, o custo em 12 meses passou de 11,83% para 11,90% ao ano, devido ao aumento da taxa básica de juros e da inflação em relação ao período imediatamente anterior.

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