terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Em greve de fome, universitários anti-Chávez querem pressão do Brasil

A greve de fome de estudantes opositores ao governo de Hugo Chávez subiu de tom nesta semana. Cinco jovens anti-Chávez estão acampados há quatro dias em frente à Embaixada do Brasil em Caracas. Os universitários querem que a presidente Dilma Rousseff intervenha para que o governo venezuelano receba uma comissão da OEA para investigar violações de direitos humanos no país. De acordo com organizações estudantis de oposição, 83 estudantes participam do protesto que ocorre em oito Estados do país. O principal foco de concentração dos grevistas em Caracas é a sede da OEA, onde universitários afirmam estar há 21 dias sem comer, e a Embaixada brasileira. "Vamos ficar aqui até cumprir nosso objetivo", afirmou o estudante Gabriel Bastidas, de 20 anos. "Queremos fazer pressão porque sabemos a importância que o Brasil tem na região", acrescentou. Os estudantes exigem que o governo permita a entrada no país da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e a libertação de 27 pessoas, consideradas "prisioneiros políticos" pela oposição. A greve estudantil gerou novo mal-estar entre Washington e Caracas. O porta-voz do Departamento de Estado americano Mark C. Toner afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com a saúde dos jovens e pediu que o governo aceite a visita da OEA. Maduro voltou a acusar o governo norte-americano de ingerência e de pretender criar um "Egito virtual" na Venezuela. Os universitários já enviaram uma carta à Brasília, por meio da Embaixada do Brasil, e aguardam resposta.

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