sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Escola registra digital de aluno para controlar frequência

Já virou rotina no colégio. Todo dia, quando chegam e ao sair, as crianças colocam o dedo indicador em um equipamento que registra a sua digital e o horário. A escola municipal Roberto Mário Santini é a primeira a participar do projeto de frequência digital que será instalado em todas as 30 escolas municipais de Praia Grande, no litoral paulista. Até 2012, os equipamentos devem estar presentes em toda a rede. Um dos principais objetivos é controlar se os alunos estão de fato assistindo às aulas e diminuir a evasão. Por isso, se a entrada do estudante não for registrada até meia hora após o início do turno, seu pai ou responsável recebe um torpedo. Ao final do dia, um e-mail é enviado aos responsáveis informando o horário de entrada e saída da criança. Segundo a Secretaria de Educação de Praia Grande, não há nenhuma experiência parecida no País. Sindicatos de escolas particulares e públicas do Estado de São Paulo confirmam que nunca ouviram falar de algo similar. A Madis Rodbel, empresa que fabrica os equipamentos, diz que só conhece casos de controle de entrada em faculdades, mas nenhum que registra frequência em escolas. O maior controle de frequência também facilita o repasse de dados para o programa Bolsa Família. Uma das obrigações dos beneficiários é que seus filhos tenham frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária (para alunos de 6 a 15 anos) ou de 75% (16 e 17 anos). Ficou mais fácil também calcular a quantidade de merenda a ser feita no dia. Para Regina de Assis, ex-secretária municipal do Rio de Janeiro, a implantação do sistema é uma ótima idéia, mas o aluno deve estar ciente de que está sendo monitorado. Economizar o tempo gasto na chamada e garantir a segurança das crianças são outras vantagens lembradas por Silvia Colello, professora de pedagogia da USP.

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