segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Governo peronista populista argentino cria incidente e apreende armas em avião militar dos Estados Unidos

A Argentina acusa o exército dos Estados Unidos de tentar enviar clandestinamente armas, equipamentos de espionagem e até mesmo medicamentos vencidos a seu território, com a desculpa de promover um treinamento de segurança de rotina. Em Washington, o Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou-se "perturbado" com a forma como a Argentina lidou com a situação e exigiu a devolução da carga. Autoridades argentinas divulgaram nesta segunda-feira a apreensão de quase mil metros cúbicos de equipamentos não declarados a bordo de um avião da Força Aérea norte-americana que chegou a Buenos Aires na última quinta-feira. Segundo as autoridades argentinas, a carga inclui metralhadoras, munições, remédios vencidos e equipamentos de espionagem. Segundo uma fonte na chancelaria norte-americana, o avião transportava material para um curso de treinamento a ser ministrado pelas Forças Especiais dos Estados Unidos à Polícia Federal da Argentina. Os agentes norte-americanos viajavam a convite das autoridades argentinas e a carga teria sido declarada. "A lei argentina tem de ser cumprida por todos, sem exceção", disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores da Argentina, o anti-americanista Hector Timerman, a Arturo Valenzuela, subsecretário de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental. Timerman fez a declaração quando Valenzuela telefonou a ele para se queixar da forma como as autoridades argentinas haviam lidado com a carga, informou a chancelaria argentina. De acordo com a chancelaria argentina, o material apreendido no avião militar norte-americano inclui "equipamentos para interceptação de comunicações, dispositivos de GPS sofisticados, elementos tecnológicos com códigos secretos e um contêiner de medicamentos vencidos".

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