quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Índio prevê "briga e morte" se governo prosseguir com Belo Monte

Um dos líderes indígenas recebidos nesta terça-feira no Palácio do Planalto afirmou que, se o governo insistir na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, vai haver "briga" e "morte" na região de Altamira (PA). "Se acontecer barragem de Belo Monte na nossa área vai ter problema. Vai ter briga, morte, doença, prejuízo da nossa área. E onde o índio vai viver? Onde o índio vai correr?", afirmou Ireô Caiapó, ao lado do cacique Raoni, após reunião com outros oito representantes da comunidade indígena com o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Rogério Sotilli. Ireô Caiapó é o mesmo que participou da agressão ao engenheiro Paulo Fernando Rezende, da Eletrobras, em 2008. Na ocasião, quando discursava aos índios em Altamira sobre benefícios da usina, foi atacado com um golpe de facão. Segundo ele, a comissão recebida no Palácio do Planalto após protestos em frente à sede do governo entregou um documento pedindo que o governo desista da construção de Belo Monte. A usina é avaliada em cerca R$ 19 bilhões. No fim de janeiro, o Ibama concedeu licença parcial de instalação. Na chegada de Dilma ao Palácio do Planalto, cerca de 100 índios e "ativistas" estavam concentrados na Praça dos Três Poderes, em frente ao palácio, com cartazes e faixas pedindo a interrupção do licenciamento da usina que, quando pronta, será a terceira maior hidrelétrica do mundo.

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