quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Indústria perde fôlego com real valorizado, aponta IBGE

Mesmo afetada pela perda de competitividade provocada pelo câmbio, a indústria brasileira deixou a crise para trás e superou o patamar de produção de 2008, recorde anterior do setor. O ano passado fechou com um nível 2,7% acima do de 2008. A indústria, porém, já viveu dias melhores. Seu pico histórico de produção foi registrado em março de 2010, quando o setor ainda sentia os reflexos positivos das desonerações fiscais do governo, lançadas na crise para estimular ramos como o automotivo, a construção e o de eletrodomésticos da linha branca. Findo o incentivo, o setor começou a crescer de modo menos intenso até chegar à estagnação a partir de agosto. Em dezembro, aprofundou a tendência de queda, com retração de 0,7% frente a novembro. A indústria operou no último mês do ano com um nível de produção 2,5% inferior ao recorde de março, segundo o IBGE. Para André Macedo, técnico do IBGE responsável pela pesquisa de indústria, o principal efeito negativo para o setor fabril veio da perda de competitividade das exportações brasileiras e da maior entrada de importações, em ambos os casos, sob impacto do câmbio valorizado.

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