segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nelson Jobim defende que investimentos em defesa sejam fixados

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta segunda-feira que está em gestação dentro de sua pasta um projeto que pretende obrigar o governo federal a manter os investimentos programados para a área militar. De acordo com Jobim, a medida é necessária para dar segurança a empresas nacionais cuja produção é voltada para o setor de defesa, incentivar investimentos em novas tecnologias e impedir que, por falta de oportunidades, técnicos brasileiros busquem emprego no Exterior. "Precisamos ter um tipo de segurança em relação às questões de defesa de que os programas que sejam estabelecidos, como o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e monitoramento da Amazônia, tenham continuidade, tenham permanência", disse Jobim em São José dos Campos (a 91 quilômetros de São Paulo). O ministro defendeu a medida em discurso a empresários durante visita ao Parque Tecnológico de São José. A cidade é sede de grandes empresas do setor de defesa como a Embraer e a Avibras, que passa por dificuldades financeiras. Jobim, aliás, citou a Avibras para mostrar a importância de sua proposta. A empresa aguarda liberação de verbas federais para desenvolver um novo sistema de lançadores de foguetes chamado de Astros 2020. No final de janeiro, a Avibras demitiu 170 funcionários e uma das justificativas para a medida foi justamente o atraso do governo em liberar a verba para o programa. Depois, Jobim atribuiu o atraso à "paralisia" do governo federal devido à transição presidencial. Segundo ele, a situação da Avibras está sendo discutida e uma decisão deve sair em dez dias.

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