terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Plano de saúde usa SUS para não pagar medicamento caro

Planos de saúde têm empurrado seus segurados ao SUS para buscarem remédios ou procedimentos que deveriam ser cobertos por eles. Cinco usuários de diferentes planos de saúde confirmaram a prática. O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor de São Paulo) também já registrou queixas sobre isso. O caso mais recente envolve a Porto Seguro Saúde e um empresário paulista da área têxtil, que sofre de artrite reumatoide. Há três anos, o plano cobre o tratamento com a droga Remicade (infliximabe), aplicada na veia. Ele fica uma noite internado para isso. Há um mês, porém, a Porto Seguro Saúde informou, por e-mail, que não cobriria mais o remédio e o orientou a buscá-lo no SUS (o frasco da injeção de 100 ml custa R$ 4.000,00). A cada dois meses, o empresário usa cinco frascos. Segundo a advogada Daniela Trettel, do Idec, pela lei, toda medicação que exige internação para ser administrada deve ser fornecida pelo plano de saúde. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) também confirma a informação. A Porto Seguro Saúde confirmou que encaminhou o segurado para buscar a medicação no SUS. Diz que a empresa "tem como política sempre oferecer soluções e alternativas viáveis" aos seus segurados: "Há anos existe um programa regular estatal de fornecimento de medicamentos de alto custo à população. Quando um tratamento não tem cobertura pelo rol da ANS, orientamos sobre a existência deste serviço".

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