quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Presidente do Equador é acusado de nepotismo

O presidente equatoriano, o populista bolivariano Rafael Correa, está sendo acusado de ter acobertado um negócio ilícito de seu irmão, que teria obtido contratos públicos de cerca de US$ 700 milhões de maneira imprópria. Fabrício Correa, irmão mais velho do presidente, teria obtido vários contratos para obras públicas em diversos setores, violando normas antinepotismo. A revelação foi feita pela comissão de investigação Veeduría Ciudadana, criada em 2009 a pedido do governo para examinar os negócios de Fabrício. A existência de contratos entre o irmão do presidente e o Estado já havia sido denunciada anteriormente por meios de comunicação locais, mas Fabricio negara tudo, argumentando que haviam sido obtidos legalmente, por meio de licitação. "Temos quatro vídeos e áudios que podem testemunhar que o presidente Correa sabia muito bem sobre os contratos", disse Pablo Chambers, coordenador do Veeduría Ciudadana. O informe do grupo chega num momento em que o governo perdeu apoio a seu programa na Assembléia Nacional por causa da divisão entre seus partidários sobre a realização de uma consulta popular para reformar o sistema judicial do país. Chambers garante que no relatório do Veeduría Ciudadana consta a existência de mais de 40 contratos que custam ao Estado cerca de US$ 143 milhões, os quais foram entregues a empresas vinculadas a Fabricio em condições excessivamente favoráveis.

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