terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Promotoria investiga caso em que delegados despiram escrivã

O Ministério Público de São Paulo informou que instaurou um procedimento pela Promotoria do Patrimônio Público e Social para apurar se houve abuso e ilegalidade, além de atos de improbidade administrativa, nos atos de dois delegados desnudaram uma escrivã que era revistada. O caso aconteceu em junho de 2009, quando a escrivã trabalhava no 25º DP, no bairro de Parelheiros (zona sul de São Paulo). Na ocasião, ela era investigada pelo crime de concussão (quando um servidor exige o pagamento de propina). De acordo com o procedimento, os agentes policiais "submeteram-na a forte humilhação e violência, utilizando-se de força bruta para algemá-la, despi-la e expor suas partes intimas na presença de quem estivesse na sala, muito embora a mesma jamais se recusasse a ser revistada ou mesmo despir-se, desde que na presença e por outras mulheres". Na segunda-feira a Secretaria da Segurança Pública anunciou o afastamento dos dois delegados da Corregedoria da Polícia Civil. A decisão foi tomada pelo secretário Antonio Ferreira Pinto, que também decidiu reabrir a investigação contra eles. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que foi determinado a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade dos delegados Eduardo Henrique de Carvalho Filho e Gustavo Henrique Gonçalves. Também será investigada a conduta do delegado Emílio Antonio Pascoal, que na ocasião era titular da Divisão de Operações Policiais da Corregedoria.

Nenhum comentário: