quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Reservas internacionais batem marca histórica de US$ 300 bilhões

As reservas internacionais do Brasil chegaram ao valor recorde de US$ 300 bilhões, segundo dados do Banco Central. O valor é o dobro do registrado há três anos e meio. O crescimento das reservas se deve ao aumento nas compras de dólares feitas pelo Banco Central para segurar a constante queda do valor da moeda norte-americana, e em uma tentativa vã até agora de impedir a constante valorização do real, o que liquida com a indústria nacional. Em 2010, o Banco Central comprou um valor recorde de US$ 41,4 bilhões. Neste início de ano, já foram adquiridos mais US$ 10,8 bilhões. As estimativas são de que esse valor esteja próximo de US$ 30 bilhões por ano, mas pode se esperar que cheguem até ao dobro disso. Para comprar dólares, o governo precisa vender títulos públicos no mercado, que pagam juros próximos de 15% ao ano hoje. Depois, aplicar esse dinheiro a uma taxa próxima de 3% ao ano no exterior, onde os juros são menores. Além de dessa diferença de rentabilidade, o Banco Central  tem em mão uma moeda que perde valor em relação ao real, já que a maior parte do dinheiro é investida em títulos que tem o dólar como referência. Entre 2002 e 2009, a rentabilidade média das reservas foi de 5,6% ao ano, enquanto a taxa básica de juros média foi de 16% ao ano no mesmo período. No Brasil, a política de compra de reservas começou em 2004, mas ganhou força nos últimos quatro anos, devido ao aumento no fluxo de dólares para o País. No começo do governo Lula, o País tinha menos de U$ 40 bilhões. Há quatro anos, ultrapassou os US$ 100 bilhões. É o que pode se chamar de uma política suicida.

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