sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Serra critica 'falso rigor fiscal' do governo da petista Dilma

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou nesta sexta-feira o "falso rigor fiscal" do governo federal ao anunciar o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento. "Por enquanto é espuma. Eu quero ver isso acontecer de verdade. Disseram que vão cortar emendas de parlamentares, precisa ver quais emendas, nem todas são ruins. A maior parte é espuma, para dizer que tem um governo austero. Esse falso rigor fiscal mostra a inexistência de rigor fiscal. Tem que cortar na gordura, temos que ter austeridade fiscal de verdade", disse ele em entrevista à rádio Joven Pan de São Paulo. O tucano também falou também sobre a aprovação pelo Congresso do mínimo de R$ 545,00 fixado pelo governo petista. Durante a campanha eleitoral à Presidência, Serra apresentou como proposta um salário mínimo de R$ 600,00. Ele afirmou que continua defendendo o valor e destacou que a decisão do salário mínimo foi política, e não econômica: "Quando propus o salário mínimo de R$ 600,00 e o reajuste do INSS em 10%, examinei os números. Existe muita coisa que poderia ser cortada, para dar aumento a quem recebe o salário mínimo. Voto contra o mínimo maior acaba sendo um voto, especialmente, contra os pobres do Nordeste". Serra também criticou o artigo do projeto que permite o reajuste do mínimo por decreto presidencial, nos próximos quatro anos. Ele disse concordar com a ação judicial da oposição contra a medida: "Concordo com a ação da oposição, isso é irregular". Sobre a discussão de um novo imposto para a saúde, nos moldes da extinta CPMF, Serra defendeu recursos fora do tributo: "O governo federal deve gastar melhor dentro do dinheiro existente, cortando desperdício, cortando em obras que não vão servir para nada diante do custo que elas representam. Um exemplo disso é o Trem de Alta Velocidade. Isso é uma fantasia". Mas, Serra defendeu a política internacional do governo Dilma, que, segundo ele, é diferente da do ex-presidente Lula: "Está no comecinho, mas apresenta sinais de mudança. Ela fala menos, faz menos espalhafato".

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