sábado, 26 de março de 2011

Arcos da Lapa são redescobertos em restauração no Rio de Janeiro

Os arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, nasceram como aqueduto, mas passaram a sustentar a passagem de bondes. Tornados ponto turístico, sofreram com a depredação. Mas somente após 261 anos descobriu-se de que é feita a construção. A primeira etapa da restauração, concluída na sexta-feira, fez a análise estrutural e a recomposição da alvenaria e da pintura original. Foi feito também o primeiro cadastro arquitetônico dos arcos, elaborando plantas em diferentes ângulos. "Ninguém sabia qual era o material construtivo dos arcos. Olhando, parece que ele é todo regular, mas não é. É algo orgânico. Tem várias curvas pequenas. Todo esse detalhamento foi feito", disse Marcos Soares, coordenador do trabalho, executado pela empresa CEP 28. O serviço foi fiscalizado pelo Iphan. Além do detalhamento das curvas, concluiu-se que a estrutura original é composta de pedra, areia e cal. As manutenções feitas ao longo dos anos, porém, não respeitaram as características iniciais, e até cimento foi utilizado para recompor a obra. A restauração recuperou o formato original com argamassa de cal. As obras levaram dez meses e custaram R$ 1,2 milhão, captados pela Lei Rouanet. No total foram usadas 12 toneladas de argamassa de cal e 4 toneladas de cal. O primeiro nome da construção, erguida em 1750, foi Aqueduto Carioca, já que era usado para escoar água do rio homônimo para a cidade. Desde 1896, é usado como via para a passagem do bonde de Santa Teresa.

Um comentário:

Marcos Soares Pereira disse...

Estou no seu mailing list faz tempo. Agradecemos o foco de noticiar ações de restauração e conservação de patrimônio. Sem memória, não existe história. Sem educação e cultura não existe sociedade possível. Lutamos pela cidadania!
Saudações, Marcos Soares Pereira CEP28
P.S. para saber mais, visite www.arcosdagente.com.br