quinta-feira, 10 de março de 2011

Banco Central aumenta previsão de inflação para 2011 e 2012

As previsões de inflação do Banco Central para 2011 e 2012 aumentaram e estão entre os fatores que levaram a instituição a elevar os juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada, de 11,25% para 11,75% ao ano. A informação faz parte da ata da reunião, divulgada nesta quinta-feira, que mostra ainda previsão de estabilidade nos preços da gasolina, apesar da alta do petróleo no mercado internacional por conta da crise nos países árabes. O Banco Central manteve a previsão de estabilidade no preço da gasolina e também do gás de botijão. As projeções de reajuste das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade foram mantidas em 2,9% e 2,8%, respectivamente. A expectativa de aumento para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados foi mantida em 4% para 2011 e caiu de 4,4% para 4,3% em 2012. No cenário que leva em conta a manutenção da taxa de câmbio em R$ 1,65 e da taxa Selic em 11,25% ao ano (valor em que estava até a última quarta-feira), a projeção para a inflação de 2011 elevou-se em relação ao valor considerado na reunião do Copom de janeiro, e se encontra acima do centro da meta de 4,5%. O BC não divulga os valores exatos. No cenário que leva em conta as projeções de câmbio e juros do mercado financeiro, a projeção de inflação para 2011 também se elevou e se encontra acima de 4,5%. Para 2012, a projeção recuou no primeiro cenário, mas ainda se encontra acima da meta. No segundo, apesar de ter se elevado, a inflação permanece ao redor da meta. Ou seja, os brasileiros podem se conformar em ter perdas de renda nos próximos dois anos por conta dos avanços da inflação.

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