quinta-feira, 24 de março de 2011

Brasil é favorável a envio de relator sobre direitos humanos ao Irã

Pela primeira vez nos últimos 10 anos a diplomacia brasileira votou contra o regime nazista islâmico do Irã.  O Brasil votou a favor da resolução que cria um mandato de relator especial para a situação dos direitos humanos no Irã, nesta quinta-feira, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, na reunião ocorrida em Genebra. Desde 2002, o país do ditador nazista islâmico Mahmoud Ahmadinejad não autoriza a renovação do último mandato do relator especial e, desde 2005, não deixa entrar em seu território nenhum dos relatores temáticos da organização. Os diplomatas que acompanham o assunto nas Nações Unidas argumentam que o respeito aos direitos humanos é prioridade para a presidenta Dilma Rousseff e que o Irã merece atenção. A mesma justificativa foi usada pela embaixadora do Brasil no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, Maria de Nazaré Farani. "O Brasil acredita que todos os países, sem exceção, têm desafios a superar na área. A presidenta Dilma Rousseff deixou claro, em seu discurso de posse, que acompanhará com atenção os avanços na situação de direitos humanos em todos os lugares , a começar pelo Brasil", afirmou a embaixadora. Vinte e dois membros do Conselho votaram a favor da resolução apresentada pela Suécia, sete contra e 14 se abstiveram. Manifestaram-se favoráveis Estados Unidos e países como Zâmbia, Panamá e Colômbia. Entre os que votaram contra estão China, Cuba, Paquistão e Rússia, que não democracias. Ao contrário, são ditaduras que afrontam totalmente os direitos humanos. O voto do Brasil representa uma mudança de postura em relação à política externa da dupla fatídica Lula-Celso Amorim. Há quatro meses, o país se absteve na votação de uma outra resolução que condenava o governo iraniano por agressões sistemáticas nessa área. Em dezembro, já eleita, Dilma Rousseff concedeu uma entrevista ao jornal americano Washington Post e afirmou que discordava do voto do Brasil. A presidente eleita disse não concordar com “as práticas medievais características que são aplicadas quando se trata de mulheres” e que não fará “nenhuma concessão em relação a isso”. Afirmou ainda: “Não sou a presidente do Brasil, mas ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente, em não me manifestar contra o apedrejamento. Minha posição não vai mudar quando assumir". Diz o jornalista Reinaldo Azevedo: "A questão, obviamente, não era “de gênero”. Um homem não teria por que se sentir “mais confortável”. Fez-se, agora, o certo e o óbvio. A crítica à postura brasileira tinha dois fundamentos: a) há, claro, a questão de princípio — o Irã é um óbvio violador dos direitos humanos, e cumpre ao Brasil deixar claro com quais valores se alinha; b) se a intenção do país era — e é — obter, um dia, uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, seus votos atuavam contra a sua pretensão. Na era Lula-Celso Amorim, a loucura foi grande. No fim de julho do ano passado, o Itamaraty enviou uma carta a todos os países-membros da ONU defendendo que o organismo evitasse condenar os países por violação dos direitos humanos. O Itamaraty precisa agora revogar aquela carta. Se Antônio Patriota, o substituto de Amorim, não o fizer,  o Brasil ficará por conta da “sensibilidade feminina” de Dilma…Não se esqueçam de que o Brasil se negou a condenar até o governo patologicamente homicida do Sudão pela morte de 400 mil pessoas em Darfur".

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