quarta-feira, 30 de março de 2011

Com IOF, governo quer conter dívidas de bancos no Exterior

A cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos tomados no Exterior, instituída nesta terça-feira pelo governo, terá como objetivo, além de diminuir a entrada de dólares no País e segurar a oferta de crédito, conter o endividamento externo de bancos e empresas. A contratação de dívidas no Exterior por esses agentes bateu recorde no primeiro bimestre. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), o governo quer diminuir a exposição cambial das empresas, que tomam empréstimos em dólar e, caso haja uma variação na cotação da moeda norte-americana, podem ficar com uma dívida muito maior do que a contraída originalmente. "Se houver alguma mudança no câmbio, a empresa pode ter prejuízo. É uma medida também prudencial para diminuir a exposição das empresas brasileiras ao câmbio", afirmou. A partir desta terça-feira, empréstimos tomados lá fora com prazo de até 360 dias pagarão 6% de IOF. Até agora, apenas os empréstimos com prazo de até 90 dias pagavam IOF, de 5,38%. Mantega disse ainda que, até o dia 25 de março, bancos e empresas já tomaram US$ 26,6 bilhões em empréstimos no Exterior, o que significa um aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi maior para as instituições financeiras,de 215%. "Como o juro está mais barato, você pega lá fora, aplica aqui dentro e ganha essa diferença emprestando a taxas mais elevadas. Estamos notando um forte movimento de arbitragem nessa conta", completou.

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