terça-feira, 15 de março de 2011

Ministro da Justiça rebate Exército e diz que instalação da Comissão da Verdade é um "dever"

O ministro da Justiça, o "porquinho" José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que a criação da Comissão da Verdade é um "dever do Estado brasileiro" e rebateu as críticas do comando do Exército, que já se mostrou contrário ao projeto de lei para criar o grupo. "A Comissão da Verdade, que se discute hoje no Congresso Nacional, é um dever do Estado brasileiro também como a comissão de anistia. O direito ao esclarecimento de fatos é um compromisso histórico, democrático, que tem que estar respaldado na lei. Quem quiser resistir à busca da verdade, o fará nos termos da expressão democrática que hoje nós vivemos. O que eu posso dizer é que a sociedade brasileira hoje quer a verdade", disse o "porquinho" José Eduardo Cardozo. O Exército encaminhou documento ao Ministério da Defesa afirmando que a comissão "poderá provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão". O ministro da Justiça participou na manhã desta terça-feira da homenagem a seis mulheres que foram perseguidas durante a ditadura militar (1964-1985). Entre elas, Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart (1961-1964), deposto pelos militares. Todas elas já foram anistiadas pelo governo brasileiro. Entre as homenageadas estavam ex-companheiras de prisão da presidente Dilma Rousseff. Uma das dirigentes da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), Dilma ficou presa de fevereiro de 1970 até o final de 1972. "Eu compartilhei com a presidente Dilma uma cela no presídio Tiradentes, e o mesmo beliche, ela embaixo e eu em cima", lembrou Sônia Hipólito, militante da UNE (União Nacional dos Estudantes) durante a ditadura. "Quando ela chegou no presídio, a gente já viu que ela era discreta e competente. Eu confio inteiramente que ela vai ser uma grande presidente para nós", disse Rose Nogueira, ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional) e também ex-companheira de prisão de Dilma.

2 comentários:

"Política sem medo" disse...

Com a homenagem prestada a essas "distintas" senhoras nao e de admirar que o "porquinho" queira uma "Comissao da Verdade" totalmente imparcial. Voce adredita nisso, Vitor? Eu so acredito em mais despesas para pagarmos com essa gente. Nunca ouvi dizer que Maria Tereza Goulart foi perseguida, pelo que me consta ela sempre foi "paparicada" por todos. Em que pais nos vivemos, hein? Sera que o mal sempre prevalece ai? E o que parece. Abracos, amigo.

julio disse...

O "porquinho" não pode falar em nome da sociedade brasileira, pois ele não tem procuração para isso. Até que ponto haverá imparcialidade nessa apuração? E os Direitos Humanos das pessoas mortas atingidas pelos terroristas não são defendidos também por aqueles que pregam a "Comissão da Verdade"?