quarta-feira, 30 de março de 2011

Ministro defende número menor de trabalhadores em Jirau

O ministro Gilberto Carvalho (da Secretaria Geral) defendeu a redução do número de trabalhadores envolvidos nas obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, foco de rebelião de trabalhadores que acabou se alastrando para outros canteiros de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O aumento no número de trabalhadores nos canteiros de obras das usinas, para garantir uma antecipação no prazo de entrega de obras pré-definido pelo governo, foi considerado pelo ministro um dos fatores que levaram à revolta de trabalhadores. No caso de Jirau, a Camargo Corrêa é a empreiteira  responsável pela construção e, ao mesmo tempo, integra o consórcio responsável pela operação posterior da usina. "De fato, no caso de Jirau a decisão da empresa de antecipar a entrega da obra provocou uma maior concentração de trabalhadores. Então, eu fiz uma ponderação se não era o caso de se rever a decisão e tentarmos trabalhar com um contingente um pouco menor para diminuir o grau de tensão que naturalmente ocorre", afirmou o ministro, referindo-se à reunião realizada na manhã desta terça-feira com representantes de centrais sindicais e de empreiteiras. Segundo relatos de participantes da reunião, o ministro usou este ponto para dar um "puxão de orelha" nos empresários. Em outro momento de concessão aos representantes de trabalhadores, Gilberto Carvalho disse aos empresários que já foi sindicalista e que sabe que "em obra boa não tem greve". Estiveram presentes à reunião um representante da Camargo Corrêa e dos sindicatos patronais Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada) e Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

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