sábado, 19 de março de 2011

Obama e Dilma reforçam discurso por relações bilaterais

Em breves discursos, a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reforçaram em almoço no Itamaraty suas posições expressadas mais cedo, em declaração à imprensa no Palácio do Planalto. Obama, em quatro minutos de discurso, foi mais protocolar e, ao contrário de Dilma, não chegou a citar novamente a polêmica sobre a composição do Conselho de Segurança. "Queremos ajudar em todos os meios possíveis a concretizar todo o potencial do Brasil", afirmou o americano. Em seu discurso, Dilma defendeu, na área comercial, a "conclusão bem sucedida da Rodada Doha" e disse esperar "fluxos mais equilibrados tanto em termos quantitativos quanto qualitativos". Em relação à posição do Brasil no tabuleiro mundial geopolítico, a presidente disse que o Brasil está pronto para contribuir, "sem voluntarismo". "Alimentamos a legítima esperança de contribuir, sem voluntarismo, na busca por soluções criativas para os grandes desafios contemporâneos", disse a presidente para, na sequência, citar um acordo de paz entre israelenses e palestinos e a necessidade de uma "multipolaridade benigna". A presidente não citou as situações do Irã e da Líbia em seu discurso. Obama e Dilma sentaram-se lado a lado, tendo à frente, na mesma mesa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da oposição. Os também ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Collor também estiveram presentes ao almoço, mas sentados em outras mesas. Lula também foi convidado pelo Itamaraty, mas não compareceu. Dilma chegou a citar Martin Luther King ao fazer o brinde, afirmando que o sonho dele é "o mesmo sonho de brasileiros e americanos, um sonho de liberdade, de esperança e de harmonia e paz entre todos". Depois, em seu discurso, Obama citou ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília. "Que a luz do progresso e da paz sempre brilhe sobre o Brasil", afirmou.

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