quarta-feira, 23 de março de 2011

Oposição critica interferência do governo Dilma na Vale

A oposição reagiu nesta quarta-feira às interferências do governo petista de Dilma Rousseff na empresa Vale. Em visita ao Congresso, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que a "burguesia do Estado petista" está se expandindo para "aparelhar a maior empresa privada do País". "O governo decide, portanto é o governo quem vai dirigir a empresa. Decide tirar e decide quem põe. É um fenômeno antigo, já tem alguns anos, mas é fenômeno presente, a burguesia estatal presente que prospera nos últimos anos", disse ele. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que a "fome por cargos" do PT faz o governo federal buscar o controle da empresa: "Eles querem ocupar tudo, mandar em tudo. Uma coisa é o discurso da Dilma, outras são os gestos do governo. Deixem a Vale em paz". O presidente do DEM, senador José Agripino Maia, saiu em defesa do presidente da Vale, Roger Agnelli. O senador anunciou que vai tentar convocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para explicar as mudanças na empresa. "Me apavora a idéia de aparelhamento do Estado. É uma temeridade se isso vai acontecer. Se o ministro confirmar isso, ele deve explicar as razões da substituição. Quero saber porque trocar um grande gestor de uma empresa. Em time que está ganhando não se mexe", afirmou ele. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que o governo quer fazer uma "venezuelização" no país ao mudar as regras de controle da Vale: "Quero censurar a atitude da presidente da República. É uma tentativa do governo de reestatizar a Vale. Não como acionista, convocando assembléias, mas da maneira mais espúria e atrasada".

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