terça-feira, 22 de março de 2011

Pobre também deveria ter painel solar, diz secretário do Clima

O novo secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, tem dois recados para os empresários do Brasil: se quiserem investir em energia alternativa, haverá crédito barato do governo. Se não quiserem, vão ter de investir do mesmo jeito. Engenheiro com doutorado em hidrologia, o pesquisador da Embrapa Informática assumiu o cargo na semana passada, com carta branca da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para formular a política climática. Ele diz que o recém-criado Fundo Clima, que começa neste ano com R$ 229 milhões, será o principal incentivador do desenvolvimento de tecnologias como energia solar, de marés e biodiesel. Mas avisa que essas mesmas linhas de crédito devem abrir no governo o debate sobre restrições a financiamento para quem não quiser adotar tecnologias limpas. "Soltou-se essa lebre", afirma. Um entrave sério, para ele, é a maneira de pensar em energia no Brasil: "Num país cuja mentalidade de geração de energia nos últimos 50 anos foi hidrelétrica, você tem posições que são refratárias imediatamente. Se eu puder tomar meu banho com energia solar, será um passo razoável. Isso não é novo, a classe média alta em todas as cidades brasileiras já faz isso. Por que o pobre não pode fazer?" Ele garante que o Brasil tem condições hoje de usar energia fotovoltaica: "Existe um grupo no Rio Grande do Sul que desenvolveu um material muito legal e bastante eficiente. Então vamos agitar isso para encontrar soluções que falem, por exemplo, de refrigeração solar para preservar alimentos no sertão. Isso não é novo, é do meu tempo de estudante. É caro? É caro. Mas nas áreas mais afastadas dos grandes centros talvez não seja tão caro".

Um comentário:

Fendel disse...

Poetas...
A solução se chama ENEREDE, o resto, é conversa mole.
http://www.fendel.com.br/cogeracao.html