terça-feira, 15 de março de 2011

Polícia Federal pede para prorrogar inquérito do caso Erenice pela quarta vez

A Polícia Federal pediu, pela quarta vez, a prorrogação do inquérito que investiga suposta prática de tráfico de influência  na Casa Civil durante a gestão da ex-ministra petista Erenice Guerra. O pedido foi feito ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região no início da noite de segunda-feira. O inquérito foi instalado em setembro do ano passado. Outros três pedidos de prorrogação já tinham sido feitos, em outubro e  novembro de 2010 e em janeiro deste ano. A ex-ministra é investigada por supostamente participar de um esquema para beneficiar empresas privadas que teriam contratos com a Capital Assessoria e Consultoria, empresa na qual atuavam seus dois filhos. A ministra petista acabou deixando o governo por conta do escândalo. Segundo a Polícia Federal, o novo pedido de prorrogação se deve à necessidade de tomada de depoimentos pendentes e de perícias. Uma das hipóteses sobre a perícia é a análise de dados dos computadores da Casa Civil, entre eles o que era usado pela ministra. O advogado de Erenice, Sebastião Tojal, disse que nunca teve acesso a relatórios sobre o conteúdo dos arquivos nos computadores, o que poderia significar que a perícia nas máquinas ainda não foi realizada. Desde que o inquérito foi instalado, em 14 de setembro do ano passado, dois dias antes de Erenice pedir demissão da Casa Civil, os agentes federais já haviam interrogado cerca de 30 envolvidos nas denúncias de tráfico de influência. Erenice foi secretária-executiva da Casa Civil e braço direito da então ministra Dilma Rousseff. Com a saída de Dilma para disputar a Presidência, ela assumiu o comando da Casa Civil. A comissão de sindicância interna instalada na Casa Civil em 18 de outubro do ano passado para apurar denúncias de supostos atos de tráfico de influência durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra chegou ao fim sem sugerir punição a ex-servidores.

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