segunda-feira, 14 de março de 2011

Portos japoneses têm prejuízos bilionários após terremoto

Portos pelos quais transitam até 7% da produção industrial do Japão sofreram graves danos em consequência do terremoto e do tsunami da semana passada, causando prejuízos que alcançam a casa dos US$ 3,4 bilhões por dia, segundo especialistas do setor. O Japão começou a avaliar os danos causados pelo tremor de magnitude 8,9 à infraestrutura portuária, crucial para o país receber ajuda externa, matérias-primas e bens destinados à reconstrução das áreas devastadas. O desastre, que pode ter matado até 10 mil pessoas, afetou especialmente portos que embarcavam contêineres para indústrias como Hitachi, Daikin e dezenas de outras. "O impacto de curto prazo sobre a atividade econômica pode ser maior do que após o terremoto de Kobe", disse Jiyun Konomi, analista da empresa Nomura Securities, de Tóquio, referindo-se ao desastre de 1995, que matou 6.000 pessoas. "Após o terremoto de Kobe, a atividade no transporte de cargas levou três meses para voltar aos níveis pré-terremoto", acrescentou. Os portos de Tóquio e de todas as localidades ao sul da capital estavam operando normalmente depois de interromperem brevemente suas operações após o sismo de sexta-feira. No resto do país, no entanto, funcionários estão avaliando os danos à estrutura portuária. A paralisação dos portos deve causar prejuízos de US$ 3,4 bilhões por dia devido ao cancelamento de embarques, segundo a publicação especializada Lloyds Intelligence. Os portos de Hachinohe, Sendai, Ishinomaki e Onahama, na costa nordeste, devem passar meses ou até anos inoperantes devido ao terremoto. Esses são portos médios, especializados principalmente no transporte de contêineres, embora alguns também manipulassem combustíveis e produtos a granel. "Esses portos precisarão de muito tempo até que possam ser plenamente restaurados", disse Tetsuya Hasegawa, gerente de operações na agência de navegação Heisei, em Tóquio.

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