quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aécio Neves diz que governo Dilma repete "graves contradições"

Em seu primeiro discurso político na tribuna do Senado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que os primeiros meses do governo Dilma Rousseff não representam ruptura entre o velho e o novo. Segundo ele, o "Brasil cor-de-rosa vendido competentemente pela propaganda política - apoiada por farta e difusa propaganda oficial - não se confirma na realidade". "Ainda que seja nítido e louvável o esforço da nova presidente em impor personalidade própria ao seu governo, tem prevalecido a lógica dominante em todo esse período e suas heranças. Não há ruptura entre o velho e o novo, mas o continuísmo das graves contradições dos últimos anos", afirmou Aécio Neves, que é chamado na internet de "Silvério dos Reis". Ele acrescentou que não pretendia avaliar os primeiros meses de um governo, mas um período de nove anos. Aécio Neves fez críticas à infraestrutura nacional e disse que "a federação brasileira vive um processo de esfacelamento". Ao encerrar seu discurso, afirmou que não se pode perder na "grandiloquência do discurso oficial, como se tivéssemos alcançado o ponto de chegada". "Estamos longe dele, apenas no início da jornada", afirmou o senador. Potencial candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves provocou reação dos petistas ao criticar o partido e o governo em seu primeiro discurso político na tribuna do Senado. Aécio Neves disse que "entre o interesse do País e do partido, o PT escolheu o do PT". Ele listou momentos importantes da história do país, como a eleição de Tancredo Neves e a criação do real, afirmou ter apoiado cada um os casos e arrematou: "Nossos adversários, não". Aécio Neves usou um bordão do ex-presidente Lula para afirmar que, "nunca antes na história", houve tamanho aparelhamento do Estado brasileiro: "Não é interesse do País que o poder federal patrocine o grave aparelhamento e o inchaço do Estado brasileiro, como nunca antes se viu na nossa história". O ex-governador José Serra surpreendeu Aécio Neves ao desembarcar em Brasília na noite de terça-feira e acompanhar nesta quarta-feira o seu discurso no plenário do Senado.

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