segunda-feira, 4 de abril de 2011

Corpos estão entre destroços do Airbus da AirFrance que caiu no Atlântico

Motor do Airbus A-330 da AirFrance no fundo do mar
Corpos de passageiros do vôo 447 da Air France que era feito por um avião Airbus A330, que caiu sobre o Atlântico há quase dois anos, após decolar do Rio de Janeiro, foram encontrados dentro de uma grande parte da fuselagem localizada no mar no domingo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet. "É uma parte importante do avião, cercada por destroços. É uma parte que permaneceu praticamente intacta, em uma única peça", disse a ministra. Segundo ela, essa descoberta "dá aos investigadores esperanças de localizar rapidamente as caixas-pretas do avião". De acordo com Kosciusko-Morizet, alguns corpos no interior do avião poderiam vir a ser identificados. Ao ser indagada por um jornalista sobre se tratavam-se de "vestígios" dos restos mortais dos passageiros, a ministra afirmou: "Mais do que vestígios, há corpos". O Airbus A330 que fazia o vôo AF 447 da Air France, no trajeto Rio-Paris, desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro) com 228 pessoas a bordo. Somente cerca de 50 corpos foram encontrados, pouco após a catástrofe. O secretário-executivo dos Transportes, Thierry Mariani, também afirmou nesta segunda-feira que corpos foram localizados na área da fuselagem: "Em razão do aspecto sensível, guardamos os detalhes para as famílias das vítimas, que serão informadas com prioridade", disse Mariani. A descoberta da fuselagem ocorre pouco após o início da quarta fase de buscas do avião, no dia 25 de março, em uma nova área de 10 mil quilômetros quadrados que não havia sido vasculhada até então. Esta quarta fase de buscas era considerada como a "operação da última chance" para encontrar as caixas-pretas do avião. "Pudemos identificar nas fotos que foram tiradas por um dos robôs submarinos diferentes elementos do avião, principalmente os motores", disse Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigação e Análises da França (BEA), órgão responsável pelas investigações sobre as causas do acidente. Até então, a única grande peça do avião da Air France localizada tinha sido o leme do Airbus A-330. No domingo, o BEA havia informado que além dos motores, partes das asas também haviam sido encontradas. Troadec afirmou ainda que como o barco americano Alucia, utilizado atualmente nas buscas, não está equipado para retirar a fuselagem do oceano, uma nova expedição será iniciada nas próximas semanas para resgatar os destroços. Os investigadores do BEA não têm certeza, no entanto, se as caixas-pretas, caso sejam encontradas, estarão conservadas o suficiente para que os dados técnicos gravados e as conversas dos pilotos possam ser analisadas. "As caixas-pretas estão mergulhadas há quase dois anos. É preciso encontrá-las e que elas estejam em estado de funcionamento. É uma das incertezas da operação", disse o secretário-executivo dos Transportes. Até o momento, o BEA afirma que os sensores de velocidade do avião, os chamados tubos Pitot, são um dos elementos que provocaram problemas no avião, mas não a causa do acidente.

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