quarta-feira, 6 de abril de 2011

Deputados argentinos rejeitam presença de membros do FMI no país

O bloco de deputados argentinos de centro-esquerda "Si por la Unidad Popular" repudiou a presença de uma delegação do FMI no país. Os técnicos do FMI, coordenados por Carlos Medeiros, chegaram ao país na segunda-feira com o objetivo de determinar um novo índice de controle da inflação. Esse é o segundo contato que o FMI mantém com os funcionários do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) desde dezembro do ano passado. O presidente do bloco, o deputado Eduardo Macaluse, apresentou uma declaração à Câmara dos Deputados rechaçando a presença da comissão do FMI no Indec. Ele recordou que "as políticas do organismo internacional têm sido as causadoras de muitos dos problemas sociais e econômicos que hoje padecemos". "Nos chama a atenção que o governo nacional aceite mansamente o monitoramento do FMI na elaboração dos índices, além do que isso desmente o argumento do governo de que a manipulação dos índices seria para pagar uma dívida menor", argumentou Macaluse. A determinação dos índices de inflação é o principal questionamento que se atribui à atual condução do Indec. Tudo indica que, ao aceitar a assessoria do FMI, o governo argentino vai tentar melhorar a credibilidade do organismo. No entanto, os profissionais do Indec também manifestaram sua insatisfação quanto ao monitoramento do fundo internacional porque "são eles que sempre cobraram o que a Argentina já pagou cem vezes". Os técnicos do FMI ficarão na Argentina durante uma semana.

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