quarta-feira, 13 de abril de 2011

Empresa argentina fará peças de cargueiro militar da Embraer

A FAdeA (Fábrica Argentina de Aviões Brigadeiro San Martín) assinou nesta quarta-feira no Brasil um acordo que a transforma em fornecedora de algumas das peças do KC-390, o cargueiro militar que a Embraer está desenvolvendo para substituir o Hércules C-130 dos Estados Unidos. O contrato de associação entre a empresa argentina e a Embraer foi assinado nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, em cerimônia que contou com a participação dos ministros da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e da Argentina, Arturo Puricelli. Segundo o acordo, a empresa argentina fabricará "partes estruturais" do novo avião da Embraer, entre elas spoilers (superfícies móveis de controle de sustentação na asa), portas do trem de pouso do nariz, porta da rampa, cone de cauda e armário eletrônico. A Embraer também assinou nesta quarta-feira um acordo similar com a Aero Vodochody, maior fabricante aeroespacial da República Tcheca e que produzirá para o cargueiro militar parte da fuselagem traseira, as portas para os paraquedistas e a tripulação, a porta de emergência e a escotilha, entre outras peças. Os acordos foram assinados durante a Laad (Latin America Aero & Defence), a maior feira de defesa e de armas da América Latina, inaugurada na terça-feira no Rio de Janeiro e que se estenderá até a sexta-feira. "A participação da FAdeA no Programa KC-390 fortalece a cooperação entre as bases tecnológicas e industriais de defesa de ambos os países, em estreito alinhamento com a estratégia nacional de defesa", afirmou Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. Segundo a companhia, o acordo firmado nesta quarta-feira é fruto da declaração de intenções que os ministérios da Defesa de ambos os países assinaram em 2010 para cooperar no desenvolvimento do cargueiro e por meio da qual a Argentina se comprometeu a comprar seis unidades do KC-390. A Embraer prevê que começará a produzir o primeiro protótipo do avião em 2013 e que um ano depois poderá realizar o vôo inaugural. Um estudo realizado pela Embraer identificou 700 aviões de transporte militar em 77 países cuja vida útil está próxima a terminar ou que precisam ser modernizados e a empresa pretende aproveitar este nicho de mercado.

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