terça-feira, 26 de abril de 2011

Empresas disputam "sacolas substitutas" das sacolas de plástico

Com o fim das sacolas plásticas no Estado de São Paulo, a indústria de embalagens, que emprega mais de 30 mil trabalhadores no País, já reage de duas formas: protesta e faz planos para se adaptar. Está em jogo um mercado que, por ano, fabrica 14 bilhões de sacolas e fatura de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão. Hoje, cerca de 30 das 200 empresas que fabricam sacolinhas plásticas têm pequena fatia destinada à produção de embalagens feitas a partir de matriz renovável. É o caso da Extrusa Park, empresa que supre Jundiaí e Belo Horizonte com sacolinhas "biodegradáveis compostáveis", feitas com tecnologia da Basf. Eles saíram na frente ao apresentar, na feira da Apas (Associação Paulista dos Supermercados) do ano passado, um produto que agradasse mais aos supermercadistas do que a única alternativa existe à época, a "oxibiodegradável" (acusada de deixar partículas nocivas no solo). Apesar de deter o monopólio do abastecimento de duas cidades que aboliram as sacolinhas, apenas 10% de sua produção é voltada às embalagens feitas com amido, até seis vezes mais cara. E a mudança de cenário assusta. Em Jundiaí, que baniu as sacolas comuns no fim do ano passado, as ecológicas vendidas nos caixas dos supermercados só ocuparam 5% do "mercado", o resto foi preenchido por carrinhos de feira e retornáveis. A Apas estima que o consumo anual de sacolas no Estado cairá 90%, para 258 milhões de unidades. Ou seja, o mercado irá diminuir muito.

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