segunda-feira, 11 de abril de 2011

Justiça do Rio de Janeiro decreta quebra do sigilo eletrônico de atirador

A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira a quebra do sigilo eletrônico de Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que atirou contra alunos da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste), matando 12 crianças na última quinta-feira. A partir da autorização judicial, a polícia do Rio de Janeiro começou a analisar os e-mails recebidos e enviados pelo atirador, além de suas conversas por meio de mensagens instantâneas e redes sociais. As investigações mostraram que Wellington tinha contato com pelo menos seis pessoas por meio de MSN (serviço de mensagens instantâneas da Microsoft). A polícia Civil também analisa diversos papéis apreendidos em sua casa, em Sepetiba (zona oeste), para traçar o perfil psicológico do atirador e esclarecer a motivação do ataque. Em anotações exibidas ontem no "Fantástico", da TV Globo, o atirador pôs a culpa pelo massacre nos que o humilharam na escola na adolescência. "Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar com meus sentimentos", escreveu ele. "Não sou eu o responsável pela morte de todos", prosseguiu. A culpa, de acordo com o atirador, é dos que "se aproveitam da bondade ou da inocência de um ser". A Rede Globo informou que ele frequentou uma mesquita no Rio de Janeiro, estudava o Alcorão e teve relações com islâmicos que faziam pregações terroristas.

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