sexta-feira, 29 de abril de 2011

ONU aprova inquérito sobre Síria após relatos de mais de 40 mortes

Testemunhas relatam que mais de 60 pessoas morreram nesta sexta-feira em um protesto contra o governo que foi reprimido pelas forças de segurança no sul da Síria, no mesmo dia em que o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou o início de uma investigação sobre abusos no país. Os homens armados teriam atirado nos participantes do protesto na cidade de Deraa, que reuniu milhares de manifestantes pedindo reformas governamentais, de acordo com as testemunhas e grupos de direitos humanos. A cidade está cercada desde segunda-feira por tropas e tanques e sofre com a falta d'água, energia e serviços de telecomunicação. Milhares de manifestantes oposicionistas também teriam tomado as ruas da capital síria, Damasco. Os policiais na cidade teriam disparado gás lacrimogêneo contra os manifestantes assim que terminaram as tradicionais preces islâmicas de sexta-feira. A agência estatal de notícias da Síria informou que quatro soldados foram mortos e duas pessoas foram presas quando o que a agência chamou de um "grupo armado de terroristas" atacou um posto militar. Também foram relatados protestos nas cidades de Homs, no oeste, Qamishli, no nordeste, e nas cidades litorâneas de Latakia e Baniyas, no oeste. Em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas condenou o uso da violência contra os manifestantes e aprovou, por 26 votos a 9, o início de uma investigação internacional sobre a repressão aos protestos.

Nenhum comentário: