quarta-feira, 20 de abril de 2011

Polícia do Rio de Janeiro investiga contas de empresas suspeitas de lavar dinheiro de traficantes

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a movimentação das contas bancárias das empresas suspeitas de lavar dinheiro para o tráfico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. A quebra do sigilo bancário dessas empresas foi autorizada pela Justiça, segundo a polícia. "A movimentação já está sendo analisada no laboratório de lavagem de dinheiro", afirmou o delegado Rafael Willis, da Polinter, que investiga o tráfico de drogas na maior favela do Rio de Janeiro. Segundo ele, as empresas, cujos nomes estão sendo mantidos em sigilo, são registradas legalmente em nome de familiares e comparsas do traficante Antônio Francisco Lopes, o Nem, de 34 anos, que está foragido. Na terça-feira a polícia realizou uma operação na Rocinha para tentar prender Nem e outros integrantes da quadrilha, mas ele não foi encontrado. Foram presas 11 pessoas, das quais pelo menos duas são comparsas do traficante, segundo a polícia. A polícia estima que a quadrilha de Nem movimenta até R$ 2 milhões semanais com o tráfico, e parte desse dinheiro é legalizada por meio dessas empresas, situadas na zona sul do Rio de Janeiro. "A quadrilha faz isso há pelo menos três anos", conta o delegado. "Mas vamos comprovar a ligação dessas empresas com o tráfico, e então a quadrilha vai perder força", afirma Willis. Segundo ele, não há previsão para que a análise das contas bancárias seja concluída. Quem sustenta o tráfico de drogas no Rio de Janeiro são os consumidores da classe média, os artistas, jornalistas, empresários, universitários, estudantes, pessoas dessa segmento social.

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