terça-feira, 26 de abril de 2011

Produção de lixo por morador cresce 9% no Estado de São Paulo

Apesar do apelo das campanhas para a reciclagem, a produção de lixo pelos paulistas cresce a cada ano. A pesquisa anual da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), divulgada oficialmente nesta terça-feira, mostra que a geração de resíduos por habitante do Estado subiu 9% em 2010. Estimativas utilizadas no estudo indicam que, no mesmo período, a população paulista cresceu 1%. O número preocupa, segundo a própria associação, porque, caso continue a subir, não haverá infraestrutura adequada para acondicionar todos esses dejetos. De acordo com a pesquisa, cada habitante do Estado gerou 1,265 quilos de lixo por dia em 2009, ante 1,382 quilos no ano passado. Como o estudo considera apenas números oficiais, o lixo clandestino (que fica nas ruas, praças ou terrenos baldios e não é coletado) não entra na contabilidade. Outra revelação é a estagnação da coleta seletiva de resíduos sólidos no Sudeste. Enquanto em 2009 havia a prática da reciclagem em 1.313 municípios dos 1.668 da região, em 2010, 1.326 cidades declararam ter alguma iniciativa de reciclagem. O problema não é só o aumento da geração de lixo, mas onde colocar as toneladas a mais produzidas. Tanto em 2009 quanto em 2010, os lixões ficaram com 24% do total de lixo coletado em São Paulo. Em termos absolutos, isso equivale, respectivamente, a 11.800 toneladas/ dia e a 13.008 toneladas/dia. O resto está sendo acondicionado em aterros regulares. A Abrelpe é o "sindicato" do cartel do lixo no Brasil, formado por cerca de uma dúzia de empresas que controlam as licitações e os contratos de limpeza pública no País. Se a Abrelpe fala em aumento da produção de lixo por habitante, é porque deve estar determinando um aumento geral de preços cobrados por suas empresas em todo o País.

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